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Doações de sangue caíram até 40% durante a pandemia em unidades do Hemominas em MG

A Fundação Hemominas informou que durante a pandemia houve uma queda de até 40% do número de doações de sangue em todo o estado. No segundo semestre deste ano, o número caiu para 25%, mas o impacto nos estoques ainda é alto, visto que a demanda de transfusões é grande.

A fundação é responsável por 94% da demanda transfusional de Minas Gerais. No Sul de Minas, as principais unidades são o Hemonúcleo de Passos, a Unidade de Coleta de Poços de Caldas e o Hemocentro de Pouso Alegre. Todos seguem funcionando normalmente durante a pandemia. A unidade de Varginha suspendeu a coleta.

De acordo com a assessoria da Hemominas, o quadro de doações foi agravado pelo isolamento social. “As restrições de circulação e avanço rápido da doença geraram muita ansiedade e medo na população, isso vem impactando nos comparecimentos, refletindo diretamente nos estoques de sangue”.

Para diminuir a demanda de bolsas de sangue, houve uma redução das cirurgias eletivas, que são aquelas que podem ser adiadas sem causar danos aos pacientes. Ainda segundo a assessoria, o foco tem sido as cirurgias de emergência e urgência, mas que mesmo com essa medida, é necessário retomar o comparecimento dos doadores nas unidades, para manter um número seguro de doações.

Em Poços de Caldas, a queda das doações chegou a mais de 50% no início da quarentena. Agora, com a flexibilização das restrições, as doações estão aumentando aos poucos. A captadora Maria Lauricéia Esteves Cardoso, contou que a unidade atende 12 hospitais da região, e por isso seria necessário um volume de 350 doações por semana.

“O problema em ter o estoque baixo é que a gente corre o risco de não conseguir atender toda a demanda dos hospitais, porque a finalidade desse sangue é atender o paciente que está grave precisando de uma transfusão e a gente não pode correr o risco de não ter a bolsa de sangue de imediato para o paciente”, explicou.

Transfusão
Nas agências transfusionais que ficam dentro dos hospitais, são preparadas as bolsas de sangue para que possam ser encaminhadas aos pacientes que precisam da doação. Entre eles, os casos de necessidade mais comuns são tratamentos oncológicos, pacientes cirúrgicos, pacientes de terapia intensiva e também casos de urgência, como acidentes por exemplo.

“Quando a pessoa faz a doação de sangue, a bolsa passa por alguns procedimentos que separam componentes, cada um deles atende uma necessidade específica. Por isso que sempre dizemos que cada bolsa doada de sangue pode salvar mais de uma vida. Além disso, o sangue tem prazo de validade, como no caso das plaquetas que duram apenas cinco dias”, explicou a biomédica Aline Maria Magalhães da Silva, supervisora da Agência Transfusional da Santa Casa de Poços de Caldas.

A Santa Casa de Poços de Caldas realizou neste ano em média de 300 transfusões por mês, um número menor do que no mesmo período do ano passado. Fato que se deve principalmente a diminuição nos acidentes de trânsito, porém o número de doações ainda não é suficiente comparado com a demanda.

“É muito importante doar sangue, principalmente agora onde estamos enfrentando dificuldades para conseguir doadores. Muitos pacientes precisam todos os dias de bolsas de sangue e é um ato de amor extremamente importante, e claro muito gratificante afinal o ato da doação salva muitas vidas todos os dias”, finalizou Aline.
Entre tantas transfusões feitas pela Santa Casa estão as recebidas pelo José Augusto de Oliveira. Aos 26 anos, ele enfrenta uma Leucemia Linfoide Aguda. E desde o início do tratamento, em maio de 2020, já precisou de cerca de 30 bolsas de sangue do tipo O+, incluindo hemácias e plaquetas.

Antes de precisar, José era doador assíduo de sangue a cada três meses. Fez isso por oito anos.

“Esse tratamento quimioterápico é muito efetivo no combate a doença, mas ele causa coisas ruins para o corpo, também mata as células boas. As células boas da medula que produzem os elementos do sangue como plaquetas e hemácias também são destruídas, o que faz com que minhas taxas caiam muito, o que traz risco de desmaio e sangramento”, detalhou José.

“As transfusões que faço são importantes porque como o sangue do meu corpo está ‘podre’, é como se eu estivesse recebendo novas levas de sangue bom, o que consegue faz manter em níveis adequados, de forma que não coloque em risco a minha vida e a minha saúde”.

Doações
As coletas estão sendo feitas normalmente. Segundo a captadora Maria Lauricéia, as unidades estão seguindo todos os protocolos de segurança. “O Hemocentro é um local seguro, pois quem apresenta sintomas gripais não pode realizar a doação de sangue. O local está totalmente adaptado para seguir as normas de distanciamento social, higienização constante e uso de máscara.”

Para ser um doador é necessário ter entre 16 e 69 anos, boa saúde e peso maior que 50 quilos. As doações podem ser feitas de segunda a sexta-feira. Os horários precisam ser consultados por unidade. O doador deve agendar um horário para evitar aglomerações através do site do Hemominas ou através do aplicativo MG App.

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